domingo, 25 de setembro de 2011

AVISO

Botafogo 2×2 São Paulo



Nação do Maior do Mundo

Quando a língua queima a favor é bom, né? Depois de estar perdendo de 2×0 no primeiro tempo, o Tricolor correu atrás e com muita garra empatou um jogo em que o mais provável seria a derrota no Engenhão. O espírito de guerreiro que a torcida quer ver neste segundo turno apareceu no Rio. Assim como na Vila Belmiro, o empate no Engenhão deve ser comemorado. É complicado ganhar do Botafogo e do Santos em suas casas.
Sem “meio time” (Casemiro, João Filipe e Dagoberto) e ainda não podendo contar  com  Luis Fabiano, a escalação do São Paulo sugeria um time voltado no contra-ataque, com Marlos ao lado de Lucas, no comando de ataque. Não foi o que se viu nos primeiros 20 minutos. O São Paulo começou bem o jogo, tomando iniciativa e tendo a posse de bola no seu comando. Para variar, faltou o que falta em quase todos os jogos: Penetração e finalização. A falta de chutes vem sendo a principal falta do Tricolor. Aos poucos os donos da casa se organizaram e aproveitaram suas chances, contando com falhas individuais do sistema defensivo e também de Lucas, no caso do primeiro gol. O atacante perdeu uma bola preciosa e deu ao Botafogo o precioso contra-ataque. Fim da primeira etapa e, com 2×0, a coisa parecia ter ficado feia para o lado do Maior do Mundo: Apesar da posse de bola Tricolor, o Botafogo foi sempre o mais perigoso em todo o primeiro tempo.
Veio a segunda etapa e, com ela,a força de uma camisa histórica. Adílson tirou o nervosinho Juan, deslocou Carlinhos para a esquerda e colocou Rivaldo em campo, recuando Cícero. Com uma boa vantagem construída, o Botafogo jogou mais leve e quase sacramentou a vitória, que só não se consumou porque Loco Abreu é tão louco que perdeu um gol que nem o Stephen Hawking perderia. Com a leveza veio a soberba e o salto alto alvinegro e o São Paulo parece que acordou para o jogo. Adílson sacou Marlos e colocou Henrique no comando de ataque. Após duas jogadas iminentes, finalmente saiu o primeiro tento Tricolor, com Henrique aproveitando o rebote do reserva Renan.
A partir do gol só deu São Paulo no Engenhão. O Botafogo se encolheu e sua torcida percebeu a enorme enrascada que o time teve por não ter matado o jogo quando devia. Estava claro o gol dos visitantes, que aconteceu depois de um cruzamento majestoso de Rogério Ceni para Rivaldo (sempre ele) completar para as redes cariocas. Não teve Rock in Rio no Engenhão; teve Ceni in Rio. Por pouco o Tricolor não conseguiu uma virada épica nos minutos finais, diante dos incrédulos alvi-negros.
Fim de um belo jogo para quem gosta de futebol. Resultado justo no Rio (um tempo para cada equipe) e ponto importantíssimo diante das circunstâncias dentro de campo e dos nossos ausentes. A coisa tende a melhorar agora com a vinda do Fabuloso. Mesmo assim descemos um pouco na tabela, ficando três pontos da primeira colocação na sequência mais difícil desta segunda parte de campeonato. Sim, apenas dois pontos em dois jogos, mas não desgarramos. Agora é preciso correr atrás do prejuízo em cima do Flamengo, Cruzeiro e Inter para não desgarrar do líder da competição e partir para o sprint final.

Saudações Tricolores!

Desejo, desempenho e cobrança!


Dagoberto revelou que não deverá permanecer no São Paulo após o seu contrato em abril do ano que vem.
Não há novidade nisso. Ele, bem como 99% dos jogadores brasileiros tem o sonho e o desejo de jogar na Europa. Viver uma nova experiência no velho continente, fazer o pé de meia, jogar em algum grande clube europeu… sei lá. Isso não é crime. É a realidade do futebol profissional.
O problema é Dagoberto achar um clube de ponta europeu afim de seu futebol. Até hoje ele não apareceu. Interessados no Brasil não faltam. O Internacional é um exemplo declarado. Tem outros interessados velados, já que se trata de um bom jogador. Até aí nada de anormal no mundo da bola. Ruim mesmo é quando alguém planta notícias com o claro objetivo de prejudicar o atleta e os clubes envolvidos. É por isso que o jogador concedeu entrevista na tarde dessa segunda garantindo a torcida que não há nada com o Santos e que o pensamento é se dedicar totalmente ao São Paulo até o fim de seu vínculo com o clube. Se fosse ele eu processava o autor da falácia, desafiando-o a provar o que disse no tribunal.
Acabou a polêmica. Resta a Dagoberto cumprir profissionalmente seu contrato fazendo gols e ajudando o Tricolor a conquistar seus objetivos no ano. Nenhum jogador é maior que nenhum clube e a vida seguirá, talvez melhor para o Tricolor, o próprio Dagoberto e até para o clube que o contratar.
E a você, torcedor, fica a fica: Sempre cobre de Dagoberto e de qualquer outro jogador alto desempenho dentro de campo e responsabilidade fora dele até o último minuto de contrato. Amor a camisa é coisa para últimos românticos como Rogério Ceni e Marcos. E ponto final.