sexta-feira, 5 de agosto de 2011

São Paulo 3 x 0 Bahia

Vitória importante, com alguns raros momentos de bom futebol. Com o resultado positivo, o São Paulo volta a ser o terceiro colocado. Espero que o Tricolor bipolar não volte à cena no domingo. É preciso ter uma caminhada sólida, se quiser lutar por objetivos grandes no Campeonato.


O Tricolor foi mais time que o Bahia durante todo  ou grande parte do jogo. Nem a partir dos 15 minutos da 2ª etapa, quando ficou com um jogador a menos, a equipe são-paulina deixou de se sentir relativamente confortável em campo. Levou alguns sustos, é claro, mas foi normal.
O primeiro tempo começou com o Maior do Mundo buscando impor o seu ritmo de jogo, com toque de bola e tentativas de triangulações, para achar espaços na fechada defesa baiana. Não estava fácil e, no momento em que as coisas começavam a se equilibrar, pintou o gol tricolor. Após cobrança de falta batida pelo Mito, o zagueiro Titi, que estava na barreira, loucamente levantou o braço acima de sua cabeça,  impedindo clamorosamente a viagem da bola. Pênalti muito bem assinalado. Na batida, Rogério Ceni, com estilo diferente (já o usou contra Rosario Central, em 2004, Botafogo em 2008 e Grêmio em 2010), converteu. 1 a 0.
Com a vantagem, o Tricolor procurou manter a posse da pelota, no entanto não com a mesma objetividade que tinha nos minutos iniciais. O Bahia, em uma de suas chegadas ofensivas, quase empatou o jogo, com Fahel. E chegou a reclamar uma suposta penalidade cometida pelo Rodrigo Caio, mas totalmente infundada, pois o toque de mão na bola foi absolutamente não intencional.
Quando os 45 minutos iniciais já se esgotavam, Dagoberto aproveita um vacilo baiano, divide com um defensor, ganha no corpo e puxa um contra-ataque fantástico. Sem marcação, tem tempo para pensar em como concluir. E o fez de forma magistral – por cobertura. Que golaço! Que lembra bastante o que ele marcou contra o Internacional, naquele 3 a 0, pelo 2º turno do Brasileirão 2008.
O dois a zero premiou, até com certo exagero, um São Paulo que realmente jogava melhor que o adversário, tendo finalizado a gol mais que o comum em seus últimos jogos. Certamente, este foi um pedido do treinador. Dagoberto e Lucas, por exemplo, arriscaram bons chutes de fora da área na primeira etapa.


O segundo tempo iniciou com o Bahia em cima, impondo uma pressão, para tentar diminuir a diferença no marcador. Criou um certo perigo, mas não durou muito tempo. Para matar de vez as pretensões baianas, Lucas tomou a bola no campo ofensivo e partiu em velocidade em direção à meta de Marcelo Lomba. Não falhou na conclusão e marcou o terceiro tento são-paulino.
Quando, enfim, parecia que o São Paulo teria sua primeira vitória tranquila no Brasileirão 2011, Iván Piris comete uma falta desnecessária próxima ao bico da grande área. Recebe o 2º amarelo e é expulso. Imaginava-se que o time visitante fosse crescer bastante no jogo, porém o domínio do rival, se é que ocorreu, foi pouco efetivo. O Maior do Mundo se portou bem, tentou ficar com a posse de bola, gastou o tempo e sustentou o ótimo placar até o apito final.
Agora, o próximo desafio é o Avaí, que está em ascensão, na Ressacada. Sem o lateral direito titular e, provavelmente, com Rodrigo Caio novamente improvisado no miolo da zaga ou a estreia de João Filipe (recém contratado), será um grande desafio retornar de Florianópolis com mais três pontos.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

A dúvida é no meio: Rivaldo ou Marlos?



O técnico Adílson Batista deu claros sinais de mudanças na escalação do São Paulo para a partida diante do Bahia nesta próxima quinta-feira a noite no Morumbi.
De cara o técnico promoveu a volta de Denílson, que volta de suspensão pelo cartão vermelho aplicado na partida diante do Coritiba. Jean dará seu lugar ao volante que veio do Arsenal e ficará no banco de reservas, já que a lateral direita agora será ocupada por Piris, o paraguaio especialista na posição. Outro que volta de suspensão é o lateral esquerdo Juan.
O meia Cañete é outro que já está treinando e teve seu nome confirmado no BID da CBF, mas ainda não estreará. No máximo pode estar no banco de reservas. O jogador ainda precisa estar 100% condicionado para atuar junto dos companheiros. A lista de relacionados sai nessa quarta.
Com Luis Eduardo substituindo o contundido Xandão a linha defensiva tricolor se completa. A única duvida do técnico é no meio campo criativo. Adílson pode optar por manter Rivaldo ou escalar Marlos no meio-campo. Com Rivaldo o time ganha experiência e cadência. Dagoberto e Lucas jogariam adiantados. Com Marlos, o time ganha velocidade e Lucas pode jogar mais recuado, junto de Carlinhos Paraíba.
Eu ainda acho que, com as peças nos lugares certos, Rivaldo ainda rende mais no meio que Marlos, mas tem um detalhe: A parte física do veterano jogador. Precisaremos do camisa 10 para a mini maratona que vem aí: Avaí em Floripa, Ceará no meio da semana em Fortaleza (pela Sulamericana) e Atlético Paranaense em casa, no outro sábado.
Com essas peças definidas e a dúvida no meio, quem você escalaria? Rivaldo ou Marlos?
Saudações tricolores!
Imagem: Vipcomm

Falta união em torno de um objetivo


IVAN PIRIS E CAÑETE
Já estamos na décima quarta rodada do Campeonato Brasileiro e, mesmo com uma boa colocação na tabela, o time São Paulo ainda não conseguiu mostrar um futebol que tranqüilize a sua torcida. Foram oito vitórias, quatro derrotas e um empate até agora, com um aproveitamento de 64,1% dos pontos em jogo.
Essas quatro derrotas tem uma ligação no mínimo curiosa, para não dizer sinistra: Quase todos os gols foram sofridos no segundo tempo. Cinco do SCCP, um do Botafogo (dos dois gols sofridos), um do Flamengo e agora dois do Vasco da Gama. Isso sem contar a vitória suada no Couto Pereira, com o time tomando três gols em vinte minutos, jogando com onze atletas contra dez do adversário.
Outro detalhe relevante em relação a 2011. Somente em um jogo o São Paulo conseguiu virar o placar de uma partida e sair de campo com a vitória. Foi na quarta rodada do Campeonato Paulista, na vitória sobre o Americana (4×3) no dia 26 de janeiro. De lá para cá o time não demonstrou nenhum poder de reação quando saiu atrás do placar.
Seriam apenas coincidências de um ano até então insuficiente para os exigentes torcedores tricolores? Não acredito. Acho que todo esse desconforto no ano é resultado de uma equipe que ainda não conseguiu uma coisa que não se compra em janelas de transferências: União em torno de um objetivo.
Sem essa união não adianta ter bons jogadores, estrutura de primeiro mundo e tradição de conquistas no cenário brasileiro. É preciso formar essa vontade coletiva de vencer. Não conheço um grupo vencedor que não tenha essa característica. União de grupo não quer dizer necessariamente amizade entre os jogadores. Mesmo não sendo amigos, os atletas precisam ter um objetivo em comum, e correr atrás dele de verdade.
Espero estar errado mas vejo jogadores do São Paulo aparentemente acomodados com a boa colocação na tabela, a estrutura invejável do clube e o salário em dia todo o mês. Neste caso a cobrança tem que ser geral, sem poupar ninguém. A torcida não pode deixar de apoiar o time, mas tem que exigir cada vez mais mais empenho, organização e trabalho de cada um dos jogadores e membros da comissão técnica.
É hora de virar o jogo, e isso começa com a consciência coletiva dos nossos jogadores.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

São Paulo 0×2 Vasco da Gama


TIME BROXA. É assim que resumo o São Paulo em campo na tarde deste domingo, em pleno Morumbi. A derrota diante do Vasco da gama em seus domínios não apenas mostram a faceta “Robin Hood” do Tricolor (ganha fora e entrega em casa) como também escancara os problemas de criação de uma equipe que vai precisar suar muito para convencer seu torcedor.
O São Paulo jogou bem nos primeiros quinze minutos. Nesse início a equipe envolveu o adversário com passes rápidos, finalizações e até um precioso cartão no lado esquerdo da defesa carioca. O caminho mais simples era insistir naquele lado, com Piris fazendo uma boa estréia e Lucas bem aberto para infernizar o sistema defensivo visitante. O técnico não viu assim. A equipe insistiu em tentar jogar pelo meio e aos poucos foi perdendo o meio campo para a eficiente equipe vascaína. O primeiro tempo terminou equilibrado, com leve domínio dos cariocas que estavam mais equilibrados em campo.
O desequilíbrio Tricolor era evidente. Wellington jogou avançado para a entrada de Jean no meio e perdeu seu jogo. Não atacava nem defendia, virou uma barata tonta no meio da cadência do time visitante, que aos poucos usou o Morumbi para seu bel prazer. Outros que não se encontraram foram Lucas e Dagoberto que afunilaram muito o jogo e não renderam nem metade do esperado. Rivaldo, responsável pela cadência, raramente ficava no meio. Muitas vezes era encontrado no comando de ataque. Enfim, nenhum jogador conseguiu se destacar no combalido time Tricolor.

O segundo tempo foi o reflexo dessa desorientação tática. Após o gol ‘relâmpago’ de Éder Luis (em uma falha que começou em Lucas e passou pela defesa Tricolor) era tempo de ver o Tricolor retomar o jogo e agredir o adversário. Que nada; o time continuou mais vendido e mal pago que antes, diante do bom toque de bola e a boa defesa vascaína. E assim foi até o final do jogo, com zero defesas do goleiro cruz-maltino. De nada adiantaram as entradas de Marlos e Fernandinho. O problema era mais embaixo e o nervosismo imperou no Cícero Pompeu de Toledo até o gol de misericórdia, de Felipe.
A verdade é que o Tricolor pediu e mereceu perder. E não perdemos para uma equipe qualquer. O Vasco foi Campeão da Copa do Brasil com equilíbrio e peças nos lugares certos, enquanto que nós sequer chegamos nas semifinais da competição. Eles vão reclamar do que? Quem tem que reclamar é o torcedor do São Paulo!
Meu gosto sempre foi ver o Morumbi com boa presença de público; mas quando a torcida comparece e a gente acha que vai deslanchar de vez no público vem sempre um jogo como esse para dar um balde de água fria. Se não ganhar em casa pode esquecer pretensão de título. Nunca vi alguém ganhar algo desse jeito e a minha paciência com o técnico Adílson Batista irá até o jogo contra o Bahia, novamente em casa. Se for para assistir Wellington de meia, Rivaldo de centroavante e Jean de primeiro volante eu desisto de 2011. Tá tudo errado.
Ah, foi pênalti em Dagoberto. Alguém vai reclamar?