sexta-feira, 19 de agosto de 2011

América MG 1×1 São Paulo



Um time apático no primeiro e incompetente na segunda etapa. Esse foi o retrato do São Paulo na Arena do Jacaré. A equipe empatou com o lanterna da competição, continua nas primeiras posições da tabela do Brasileirão mas continua devendo futebol para o seu torcedor.
O técnico Tricolor iniciou a partida atendendo o pedido de muitos: Com dois zagueiros, dois volantes, dois laterais, dois meias e dois atacantes. O time foi a campo com Ceni, Piris, Rhodolfo, Xandão e Juan. Wellington, Carlinhos Paraíba, Cícero e Lucas. Rivaldo e Dagoberto.
O primeiro tempo tricolor foi medonho. Apática ao extremo, a equipe teve apenas uma bola na trave no período e mais nada. O time parecia uma enceradeira: Rodava, rodava e rodava, mas não chegava ao gol do glorioso Neneca. Aliás, este é o defeito crônico mais grave da equipe, mais ainda que a defesa esfacelada destes últimos jogos. O time tá há mais de um mês sem referência e se vira com jogadas de área esporádicas de Dagoberto e Rivaldo. É pouco. Tomara que as voltas de Henrique e Willian (e principalmente a estréia de Luis Fabiano) resolvam isso de vez. Placar zerado e justo.
As coisas melhoraram na segunda etapa (também porque não podiam piorar) com Wellington e Carlinhos mais adiantados, auxiliando Cícero e o apagado Lucas. este, aliás, está irreconhecível e ainda levou o terceiro amarelo, se ausentando do clássico diante dos róseos. As oportunidades surgiram mas não se traduziram em gols por causa da falta de um finalizador. Adílson trocou o ataque todo (Dagoberto e Rivaldo por Fernandinho e Marlos) e, embora tenha feito o gol, manteve o péssimo nível de finalização. Aí veio o erro do técnico: Ao tirar Rivaldo, Adílson matou de vez a finalização tricolor. Aliás, o gol de Marlos foi fruto de um erro de finalização de Wellington quase em cima da linha do gol.
Quando o jogo parecia ter terminado com um resultado simples, eis que surge um gol (golaço, por sinal) de Kempes, para dar justiça ao placar. Aliás, um 0×0 seria até mais justo. Um “prêmio” pela inoperância, improdutividade e apatia Tricolor. Não se pode desperdiçar jogos como esse num campeonato de pontos corridos. Mas a ordem é ter paciência e esperar que os jovens da base e Luis Fabiano venham para suprir o que falta na equipe. Mas, sinceramente, nos pontos tá ótimo, mas até agora não dá para sentir tanta firmeza nesse time do São Paulo. Nem no técnico.

O plano de carreira do São Paulo FC


O competente jornalista Luis Augusto Simon explicou com muita clareza como funciona o plano de carreira oferecido pelo São Paulo aos seus jogadores de base. Segundo Simon, o plano de carreira é o seguinte:
1) Os jogadores de destaque em Cotia recebem em torno de R$ 4 mil reais mensais.
2) Quando um jogador da base é puxado para o profissional e passa a treinar regularmente com os atletas de cima, o contrato é reformado e o atleta passa a receber R$ 15 mil mensais. Neste estágio estão Rodrigo Caio, Henrique Miranda, Luiz Eduardo, Bruno Uvini e Dener.
3) Quando o jogador passa a atuar como titular em pelo menos 50% dos jogos de um determinado período, recebe um aumento e seu salário passa a ser de R$ 60 mil reais. É o caso de Wellington, que conquistou a vaga de titular no clube e agora é presença constante nos jogos.
4) Quando o jogador é chamado para a seleção brasileira principal, há um novo aumento e a negociação é livre. É o caso de Lucas que, segundo Simon, recebe hoje do São Paulo o salário de R$ 120 mil reais após ser figurinha constante na seleção do Brasil.
Esse é o plano de carreira que o São Paulo oferece aos seus jogadores de base. Para os diretores do Tricolor Casemiro está no nível “3″ apontado por Simon, o mesmo nível de atuação de Wellington. O que acontece é que o procurador de Casemiro não concordou com essa proposta e pede que o seu atleta negocie livremente com o clube, fugindo do plano de carreira proposto. Pode ter sido o mesmo caso de Oscar, que orientado pelo seu empresário, pulou etapas para seguir na carreira. Para o São Paulo a contra-proposta é simples: Ou recebe os R$ 60 mil do plano de carreira ou continua com os R$ 15 mil atuais até o fim do contrato.
Certo ou errado, uma coisa é evidente. O tricolor possui de fato uma organização no modo como trata seus jogadores (principalmente no quesito salários), paga todos em dia e por causa disso é rígido com seus métodos para manter seu padrão de trabalho e seu caixa em dia.
Porém, também é certo que atualmente o mercado do futebol é dominado pelos empresários. Hoje em dia a matéria prima do futebol não está mais nas mãos dos clubes, por culpa da incompetência de atuar e de se organizar dos próprios clubes de futebol. O Caso de Casemiro não é o primeiro e nem será o último no Tricolor, que prefere correr o risco de perder o atleta para o exterior (pagando a multa integral ou através de uma ‘ponte’ com um clube brasileiro) a abrir exceções e desmontar seu método de trabalho. Método esse que, diga-se de passagem, garante boa parte da saúde financeira do clube.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Estréia de Cañete depende do treinador



A contratação de Cañete foi uma verdadeira novela e por pouco não teve final feliz no Morumbi. Após três semanas de condicionamento físico o meia, que se recuperou de uma lesão e já está a disposição para jogar, compôs o banco de reservas nas partidas diante do Ceará e Atlético Paranaense. Agora é com Adílson Batista: Cañete só depende dele para estrear no Maior do Mundo.
A torcida está na expectativa com toda a razão. O meia veio como uma grande promessa do futebol argentino, já vestiu a camisa de um dos clubes mais tradicionais portenhos e teve uma boa passagem na Libertadores, atuando pelo Universidad Catolica, do Chile. Está credenciado. Além disso o time precisa de qualidade de criação, principalmente na ligação para o ataque. O time roda a bola, roda a bola e chega pouco na área inimiga. Isso se viu claramente nos empates diante dos dois Atléticos.
Adílson Batista precisa dar um jeito de mostrar o argentino para a torcida. Contratar para deixar no banco não é uma boa e aumenta a pressão para cima do treinador. Assim como Piris, que entrou numa posição carente e não decepcionou, é preciso apostar no talento e na vontade desse argentino. É preciso ver Cañete em campo.
Agora é com você, Adílson Batista!
Saudações tricolores!

Adivinha para que time ele torce…



Nenê Hilário, pivô brasileiro do Denver Nuggets, foi flagrado batendo uma bolinha com os amigos em Denver, enquanto a NBA discute uma greve que pode paralisar a próxima temporada de basquete americano. Nenê não é louco: É um vencedor e seu time obviamente só poderia ser o Maior do Mundo, o São Paulo F.C.!
Fonte: Denverpost.com

domingo, 14 de agosto de 2011

São Paulo 2×2 A. Paranaense



Hoje não houve motivos para a vitória. Depois de dois jogos onde os elogios foram todos voltados para a garra e superação da equipe, desta vez voltamos a ver uma equipe desfigurada e confusa dentro de campo. O resultado? Mais uma decepção no placar no Morumbi. Dá para se dizer que o São Paulo joga em casa, mas não se sente em casa.
Sim. Tivemos muitos problemas para este jogo. Aliás, problemas que vem acontecendo desde o início do ano, com contusões, expulsões e convocações para as seleções principal e de base deste país. Também tem o problema “invisível” ao olho do torcedor; a mini maratona. A equipe jogou no domingo a noite em Florianópolis, depois quarta a noite no Ceará para finalizar neste sábado de tarde a peregrinação sul/norte do país com três jogos em seis dias e mais de oito mil km rodados.
Mas, mesmo com todos os problemas, nada justifica mais um resultado pífio em casa. Ainda mais vindo de um time que quer e vai disputar o título. As vitórias fora compensam os resultados amargos em casa, mas isso precisa ser equilibrado.
A desconfigurada defesa (responsabilidade da diretoria) que hoje se sustentou através de um jovem jogador recém contratado e um volante improvisado que meses atrás estava na base tricolor não pode ser base para nenhuma avaliação técnica. Jogamos com o que temos, e isso vai ser a tônica do próximo jogo, caso a seleção sub-20 passe pela Espanha. Dureza.
E a criação no meio? Apesar do domínio do jogo (o dobro dos passes e o dobro das finalizações comparados com a equipe paranaense) nossos jogadores não sabiam o que fazer com a bola do meio para frente. Um festival de indecisos em campo. Fomos flagrados incompetentes em nossa própria casa e só saímos com o empate graças a um chute feliz e um gol sabe se lá como foi… Dominamos? Não. Caímos no forte esquema de marcação e velocidade de contra-golpe adversário.
Por fim, o ataque. Adílson quer um São Paulo com muita mobilidade e deslocação, mas quem está confuso não é o adversário. São nossos próprios jogadores. A grande verdade é que tomar iniciativa de jogo em casa está sendo uma tortura para o time. O torcedor comparece, incentiva, mas acaba saindo irritado com toda razão. Nada ajuda: As contusões, o esquema tático e a maratona de jogos.
O jeito é ter paciência com o grupo e esperar a volta de jogadores-chave como Casemiro, Rhodolfo e Luis Fabiano, que nem estrear estreou. Mas cobrar do técnico mais simplicidade na leitura de jogo. Mesmo com desfalques importantes, o jogo hoje era para ser escrito com uma vitória.
Saudações Tricolores!
Nota dos personagens da partida:
Rogério Ceni Pouca participação, duas defesas e alguns bons lançamentos. Nota: 6,5
Piris Muito bem no primeiro tempo, caiu um pouco na segunda etapa. Nota: 6,5
João Filipe Está fazendo o que sabe, tirar bolas com seriedade e sem refino. Nota: 6,5
Zé Vitor Improvisado na defesa, deu conta do recado. Nota: 7,0
Juan Uma partida fraca neste sábado. Não rendeu tendo que marcar. Nota: 4,0
Denílson Responsável por cobrir a defesa, se machucou no segundo tempo. Nota: 5,5
Wellington Com uma função diferente da de marcador, não anda agradando. Nota: 4,5
Ilsinho A surpresa do treinador. Mesmo com o belo gol, não cumpriu a função criativa do time. Nota: 6,0
Cícero Boa partida, mas ainda claramente sem uma função específica em campo. Nota: 6,5
Lucas Talvez pelo cansaço da viagem ou a confusão tática, não rendeu. Nota: 4,0
Dagoberto Outro que também não se encontrou em campo. Nota: 4,0
Jean Entrou para compor o meio, no lugar de Denílson. 6,0
Rivaldo Saiu da reserva e conseguiu um gol importante no apagar das luzes! Nota: 8,0
Fernandinho Entrou por necessidade, teve vontade mas não fez nada demais. Nota: 6,0
Adílson Batista Todos estão vendo que tem inúmeros problemas para armar um time competitivo em campo, devido as peças em falta no elenco, seja por contusão, seja por convocação. Mas mesmo assim fez uma opção que eu não gostei (Ilsinho no lugar de Rivaldo) e não conseguiu definir um padrão claro de jogo. Sim, tivemos posse de bola, mas não sabíamos o que fazer com ela. Faltou simplicidade na colocação das peças no campo. Muita mobilidade mas também muita confusão na cabeça de jogador, torcedor…  Nota: 4,0
Imagens: Vipcomm
Fonte: DanielPerrone