A diretoria do São Paulo fez promoção e reduziu o preço pela metade. Os jogadores entenderam que era somente para apresentar futebol em meio tempo e, em 45 minutos, aniquilaram o Ceará em pleno Morumbi. Os 3×0 acalmam um pouco o ambiente de empates tricolores e anima a equipe para os próximos jogos. Os cearenses, que cantaram de prosa e verso a vitória no Presidente Vargas, voltam para a bela Fortaleza sem o sonho de sair do Brasil.
A equipe veio a campo com Ceni, Piris, Rhodolfo, João Filipe e Juan. Wellington, Casemiro, Carlinhos Paraíba e Lucas. Dagoberto e Fernandinho. Adílson colocou Rivaldo e Cícero no banco para apostar em um ataque veloz, auxiliado por Lucas.
O primeiro tempo foi horroroso. Com uma boa marcação, o adversário aos poucos anulou a criação Tricolor e enervou muito a torcida. Não havia conclusão de jogadas, muito menos chutes. Um verdadeiro espetáculo de incompetência. Tá na cara que Fernandinho não é jogador para o ataque titular do São Paulo. Será que só Adilson e Milton Cruz não enxergam isso? Não desejo mal a ninguém mas felizmente a sua saída melhorou as coisas. Cícero entrou em seu lugar e assumiu uma vaga no setor ofensivo. Mesmo assim o Tricolor fechou os primeiros 45 minutos com um futebol fraco, sem comprometimento.
Alguém deve ter arrancado o couro dentro do vestiário. O Tricolor voltou “outro” em campo e partiu para o tudo ou nada. O Ceará continuou no seu anti-jogo e permitiu mais e mais os avanços dos donos da casa. O gol não era questão de tempo, mas sim de competência. E ela veio com um bom cruzamento de Carlinhos Paraíba para o peito de Cícero, dentro da grande área. O meia matou com estilo e abriu o placar para delírio da massa Tricolor.
Aí abriu a porteira. O Ceará bem que tentou mudar o jogo, mas foi engolido pelo “novo” São Paulo em campo. Com jogadas completas, passando por Dagoberto, Cícero, Casemiro e Lucas (que marcou um golaço após o apagão da seleção) a equipe finalmente deu alegria ao seu torcedor. E na defesa a boa presença de Wellington (este sim, jogando bem ao lado de Casemiro) e, principalmente João “Fabão” Filipe, fazendo uma partida impecável bem ao seu estilo. Gosto da presença dele ao lado de Rhodolfo. Um completa o outro, e ponto final.
Grande resultado, com apenas um tempo de jogo. A noite, que poderia ser trágica, acabou com um final feliz graças a uma outra atitude do time que, após a vergonha do primeiro tempo, voltou com mais organização e foco e garantiu essa vaga. Foi como eu disse no último parágrafo da opinião da primeira partida contra os cearenses: Se jogasse com foco o time levaria a vaga. No primeiro tempo não mereceu: Foi sofredor como não gostamos. Porém, na segunda etapa foi facílimo, bem ao estilo vencedor e TRI Mundial do Tricolor.
E aí, o São Paulo de 2011 é o sofredor do primeiro tempo ou o vencedor da segunda etapa?
