Vitória importante, com alguns raros momentos de bom futebol. Com o resultado positivo, o São Paulo volta a ser o terceiro colocado. Espero que o Tricolor bipolar não volte à cena no domingo. É preciso ter uma caminhada sólida, se quiser lutar por objetivos grandes no Campeonato.
O Tricolor foi mais time que o Bahia durante todo ou grande parte do jogo. Nem a partir dos 15 minutos da 2ª etapa, quando ficou com um jogador a menos, a equipe são-paulina deixou de se sentir relativamente confortável em campo. Levou alguns sustos, é claro, mas foi normal.
O primeiro tempo começou com o Maior do Mundo buscando impor o seu ritmo de jogo, com toque de bola e tentativas de triangulações, para achar espaços na fechada defesa baiana. Não estava fácil e, no momento em que as coisas começavam a se equilibrar, pintou o gol tricolor. Após cobrança de falta batida pelo Mito, o zagueiro Titi, que estava na barreira, loucamente levantou o braço acima de sua cabeça, impedindo clamorosamente a viagem da bola. Pênalti muito bem assinalado. Na batida, Rogério Ceni, com estilo diferente (já o usou contra Rosario Central, em 2004, Botafogo em 2008 e Grêmio em 2010), converteu. 1 a 0.
Com a vantagem, o Tricolor procurou manter a posse da pelota, no entanto não com a mesma objetividade que tinha nos minutos iniciais. O Bahia, em uma de suas chegadas ofensivas, quase empatou o jogo, com Fahel. E chegou a reclamar uma suposta penalidade cometida pelo Rodrigo Caio, mas totalmente infundada, pois o toque de mão na bola foi absolutamente não intencional.
Quando os 45 minutos iniciais já se esgotavam, Dagoberto aproveita um vacilo baiano, divide com um defensor, ganha no corpo e puxa um contra-ataque fantástico. Sem marcação, tem tempo para pensar em como concluir. E o fez de forma magistral – por cobertura. Que golaço! Que lembra bastante o que ele marcou contra o Internacional, naquele 3 a 0, pelo 2º turno do Brasileirão 2008.
O dois a zero premiou, até com certo exagero, um São Paulo que realmente jogava melhor que o adversário, tendo finalizado a gol mais que o comum em seus últimos jogos. Certamente, este foi um pedido do treinador. Dagoberto e Lucas, por exemplo, arriscaram bons chutes de fora da área na primeira etapa.
O segundo tempo iniciou com o Bahia em cima, impondo uma pressão, para tentar diminuir a diferença no marcador. Criou um certo perigo, mas não durou muito tempo. Para matar de vez as pretensões baianas, Lucas tomou a bola no campo ofensivo e partiu em velocidade em direção à meta de Marcelo Lomba. Não falhou na conclusão e marcou o terceiro tento são-paulino.
Quando, enfim, parecia que o São Paulo teria sua primeira vitória tranquila no Brasileirão 2011, Iván Piris comete uma falta desnecessária próxima ao bico da grande área. Recebe o 2º amarelo e é expulso. Imaginava-se que o time visitante fosse crescer bastante no jogo, porém o domínio do rival, se é que ocorreu, foi pouco efetivo. O Maior do Mundo se portou bem, tentou ficar com a posse de bola, gastou o tempo e sustentou o ótimo placar até o apito final.
Agora, o próximo desafio é o Avaí, que está em ascensão, na Ressacada. Sem o lateral direito titular e, provavelmente, com Rodrigo Caio novamente improvisado no miolo da zaga ou a estreia de João Filipe (recém contratado), será um grande desafio retornar de Florianópolis com mais três pontos.