domingo, 28 de agosto de 2011

Santos 1×1 São Paulo



Bom jogo na Vila Belmiro, típico daqueles onde “tudo acontece”, bem ao estilo de São Paulo e Santos nos últimos tempos. O empate foi bom pela manutenção do pelotão de frente no fim do primeiro turno, pela inferioridade numérica em quase todo o jogo e por ser na casa do adversário. Mas se lembrarmos que perdemos duas chances claras de matar a partida também podemos dizer que perdemos dois pontos importantes. Você escolhe.
Eu escolhi o ponto precioso. Ainda sem a referência no ataque, o tricolor suou muito nos primeiros minutos da partida, fazendo faltas feias, que culminaram em dois amarelos precipitados para setores importantes do nosso esquema tático. João Filipe e Carlinhos Paraíba. Na defesa eu não mexeria mas, sabendo da velocidade do meio do jogo e do histórico do Carlinhos (que foi expulso e contribuiu para a derrota elástica contra a galinhada), logo pedi a saída do meia pelo Twitter. Adílson não teve a mesma visão e arriscou. Resultado: perdemos um jogador na metade do primeiro tempo.
Com um a menos, a única chance era apostar nas bolas paradas ou em algum contra-ataque mortal. E ele aconteceu com Lucas, que já vinha sendo contestado por parte da torcida Tricolor. Aquela parte que contesta até a própria mãe, diga-se de passagem. O meia pegou uma bola no meio campo, ganhou da defesa com um lindo lençol em Edu Dracena e fuzilou as redes praianas. Um golaço, para acalmar a cornetagem injusta e colegial da pequena parte da torcida que o criticava seguidamente por tudo que vinha acontecendo recentemente. Craque ou não, Lucas é um grande jogador do São Paulo, e ajuda demais o time. Tem todo o meu apoio, mesmo não sendo genial todos os jogos.
Fim do primeiro tempo e uma enorme vantagem em mãos, apesar da certeza de pressão dos onze contra dez na segunda etapa. Muricy até havia tirado o seu amarelado em campo, na certeza da compensação do juiz. Cabia ao São Paulo defender com unhas e dentes o resultado e até ampliá-lo em mais um contragolpe fatal.
E não deu outra. O Santos começou alugando o campo tricolor, com um belo duelo entre Piris e Neymar. Enquanto alguns enaltecem as canetas do santista eu fecho com o leal e guerreiro paraguaio, que anulou qualquer produtividade do moicano bom de bola, mas ainda com o hábito ‘cai-cai’. Qual foi a jogada de Neymar que resultou em alguma coisa na partida? Trabalho bem feito do lateral direito Tricolor. Neymar reclamou, mas lugar de choro é no berço, junto com o filho recém nascido!
Mesmo com a pressão, o São Paulo perdeu duas chances raras de aniquilar o jogo, com Wellington e Dagoberto. Méritos também ao bom goleiro santista, mas numa partida como essas, foi perda de gol e não milagre peixeiro. Adílson tirou Dagoberto e colocou Henrique e, no fim da partida. Não deu certo, assim como a pressão santista também não resultava em gol a exceção do petardo indefensável de Ganso, fruto da única desatenção de Wellington que, até então, estava anulando o camisa 10 santista. Rivaldo até entrou para jogar um pouco mas no final das contas, o empate imperou e, apesar de ter sido duro, o resultado de certa forma foi justo pelo que fez os dois times e seus técnicos.
Gostei da garra e do comprometimento coletivo dos jogadores. E mesmo bagunçado e desacreditado por parte de seus torcedores, penso que o São Paulo cumpriu bem seu objetivo de estar entre os primeiros no fim do primeiro turno. Até acho bom que os holofotes não fiquem em cima da gente. O problema é que muitos times cumpriram esse objetivo. Acho que, com um turno todo pela frente e com a entrada de Luis Fabiano, supriremos a única posição que ainda está carente nesta equipe. Se os jogadores mantiverem o foco e jogarem cada jogo com inteligência, pode surpreender a mídia festiva esportiva e novamente se sagrar campeão. É difícil, assim como será para todos. We are in!
Saudações tricolores!