sexta-feira, 19 de agosto de 2011

O plano de carreira do São Paulo FC


O competente jornalista Luis Augusto Simon explicou com muita clareza como funciona o plano de carreira oferecido pelo São Paulo aos seus jogadores de base. Segundo Simon, o plano de carreira é o seguinte:
1) Os jogadores de destaque em Cotia recebem em torno de R$ 4 mil reais mensais.
2) Quando um jogador da base é puxado para o profissional e passa a treinar regularmente com os atletas de cima, o contrato é reformado e o atleta passa a receber R$ 15 mil mensais. Neste estágio estão Rodrigo Caio, Henrique Miranda, Luiz Eduardo, Bruno Uvini e Dener.
3) Quando o jogador passa a atuar como titular em pelo menos 50% dos jogos de um determinado período, recebe um aumento e seu salário passa a ser de R$ 60 mil reais. É o caso de Wellington, que conquistou a vaga de titular no clube e agora é presença constante nos jogos.
4) Quando o jogador é chamado para a seleção brasileira principal, há um novo aumento e a negociação é livre. É o caso de Lucas que, segundo Simon, recebe hoje do São Paulo o salário de R$ 120 mil reais após ser figurinha constante na seleção do Brasil.
Esse é o plano de carreira que o São Paulo oferece aos seus jogadores de base. Para os diretores do Tricolor Casemiro está no nível “3″ apontado por Simon, o mesmo nível de atuação de Wellington. O que acontece é que o procurador de Casemiro não concordou com essa proposta e pede que o seu atleta negocie livremente com o clube, fugindo do plano de carreira proposto. Pode ter sido o mesmo caso de Oscar, que orientado pelo seu empresário, pulou etapas para seguir na carreira. Para o São Paulo a contra-proposta é simples: Ou recebe os R$ 60 mil do plano de carreira ou continua com os R$ 15 mil atuais até o fim do contrato.
Certo ou errado, uma coisa é evidente. O tricolor possui de fato uma organização no modo como trata seus jogadores (principalmente no quesito salários), paga todos em dia e por causa disso é rígido com seus métodos para manter seu padrão de trabalho e seu caixa em dia.
Porém, também é certo que atualmente o mercado do futebol é dominado pelos empresários. Hoje em dia a matéria prima do futebol não está mais nas mãos dos clubes, por culpa da incompetência de atuar e de se organizar dos próprios clubes de futebol. O Caso de Casemiro não é o primeiro e nem será o último no Tricolor, que prefere correr o risco de perder o atleta para o exterior (pagando a multa integral ou através de uma ‘ponte’ com um clube brasileiro) a abrir exceções e desmontar seu método de trabalho. Método esse que, diga-se de passagem, garante boa parte da saúde financeira do clube.