segunda-feira, 25 de abril de 2011

São Paulo 2×0 Portuguesa

Deu a lógica. Mesmo com um futebol ainda a espera de confiança total da torcida, o São Paulo passou pela Portuguesa pelo placar de dois a zero e se prepara com mais tranquilidade para os dois jogos decisivos da próxima semana. Quarta feira diante do Goiás e (provavelmente) sábado contra o Santos. Ambos os jogos serão no Morumbi.
Sem Alex Silva e Lucas (este último com lesão de última hora) Carpegiani manteve o esquema de três zagueiros e escalou Rodrigo Souto com Ilsinho e Marlos compondo o restante do time. O SPFC foi de Ceni, Rhodolfo, Rodrigo Souto e Miranda. Jean, Casemiro, Carlinhos Paraíba, Ilsinho e Juan. Marlos e Dagoberto.
O primeiro tempo foi bom para o tricolor que pressionou os lusitanos desde o início do jogo. O time estava com a posse de bola mas o problema é que os jogadores habilidosos recebiam muitas bolas de costas ao gol, dificultando as jogadas de ataque. Era preciso mais chegada do meio de campo para passar a marcação da Portuguesa e deixar os atacantes cara a cara com o gol. A portuguesa começava a chutar de longa distância para o gol para boas defesas de Ceni mas não oferecia tanto perigo com a bola no pé. Carpegiani teve que tirar Rodrigo Souto e colocou Henrique para fazer companhia ao isolado Dagoberto no ataque. O técnico inverteu as posições de Ilsinho com Marlos e daí surgiu o primeiro gol tricolor. Jean avançou pela lateral, recebeu belo passe de Marlos e cruzou na cabeça do “centroavante” Ilsinho. Festa na Arena.
 Veio a segunda etapa e com ela o problema do time. O São Paulo esqueceu o jogo que fez na primeira etapa e chamou o adversário para a partida. Para recompor a zaga, Carpegiani cometeu o que na minha opinião o seu erro. Marlos estava bem e saiu de campo para a entrada do jovem Luis Eduardo. O técnico tricolor “matou” a criação da equipe e, por tabela, Ilsinho. Para quem tanto respeito assim? O tricolor perdeu a posse de bola e só viveu de contra-ataques, a maioria sem definição das jogadas. Um sufoco desnecessário, com muitos passes e lançamentos errados. Ainda bem que temos peças decisivas. Rogério Ceni, por exemplo, salvou a pátria tricolor com uma defesa milagrosa a queima roupa. Para a sorte do São Paulo a Lusa é uma equipe muito limitada no seu ataque, com jogadores pesados e sem poder de finalização.
O técnico adversário não tinha outra alternativa e partiu para o “tudo ou nada” doando de vez seu campo para o contra-ataque tricolor. Em um deles, Ilsinho avançou livre para a grande área e cruzou com precisão para Dagoberto sacramentar a vaga nas semifinais. Mais uma vez o camisa 25 mostrou que anda fazendo a diferença em 2011 e foi comemorar com a torcida a vaga para a semi.
Não havia mais tempo para nada. O São Paulo confirmou a classificação, mesmo sem alguns jogadores importantes como Alex Silva, Fernandinho e principalmente Lucas. O time não empolgou, ainda está alternando bons e péssimos momentos e necessita urgentemente de equilíbrio. Tem bola, mas vai ter que jogar bem mais que isso para ganhar os campeonatos que a torcida deseja. A questão agora é recuperar o camisa 7 o mais rápido possível para os importantes jogos que vem a seguir. Mesmo com um sólido sistema defensivo não podemos nos dar ao luxo de contar com tantos desfalques nesse momento decisivo.