Em uma partidaça de futebol (no sentido do drama; nem tanto pelo espetáculo, pois não houve), o São Paulo eliminou o valente time do Santa Cruz. Que, com este plantel, tem tudo para ascender para a terceira divisão e, sem dúvidas, faria um papel competente na Série A do Brasileirão, inclusive. Parabéns aos pernambucanos.
Sobre o duelo:
O Tricolor começou bem, mostrando ao adversário que quem mandaria no jogo era o Tricolor, como qualquer dono da casa deve proceder. Fernandinho, Lucas e Dagoberto incomodavam a defesa adversária, com suas movimentações constantes e foi nessa pressão inicial que o time conseguiu abrir o placar. Em uma bola cruzada na área pelo Dago, o zagueiro Rhodolfo, bem colocado, só teve o trabalho de realizar um desvio em sua trajetória, que foi fatal: a bola foi longe do alcançe do bom goleiro Tiago Cardoso.
A lesão de Fernandinho, que levou uma pancada na perna direita (lance que fez-me lembrar do lateral esquerdo do Botafogo, Luciano Almeida, que fraturou a perna do equatoriano Reasco, no Brasileirão 2007), foi bastante prejudicial para o time, pois perdeu sua referência ofensiva pela esquerda. Marlos entrou em seu lugar, mas é um jogador de característica um pouco diferente. Tem menos complexidade física para aguentar o embate com a forte defesa adversária e joga pela direita, aonde já estava Lucas. A saída do Fernandinho fez Lucas sumir de boa parte do jogo, pois mudou seu posicionamento.
O São Paulo sentiu a saída precoce do atacante e o Santa Cruz cresceu no jogo. Igualou as ações, a partir da metade da 1ª etapa. O Tricolor, com problemas para ligar o meio com o ataque, forçava a ligação direta e abusava dos passes errados. O jogo caminhava para ficar no 1 a 0, nos primeiros 45 minutos, quando surgiu a possibilidade de ampliar o marcador. Um zagueiro pernambucano fez pênalti claro em Dagoberto e foi corretamente expulso, pois já tinha amarelo.
O ídolo Rogério Ceni foi para a cobrança, porém falhou. Quis bater de forma diversa da qual está acostumado (de cavadinha), mas o arqueiro rival, que não havia caído muito para o seu lado direito, teve condições de se reerguer e, então, praticou a intervenção.
O segundo tempo iniciou e, logicamente, o Santa Cruz, com um a menos, ficou todo atrás. O São Paulo era detentor absoluto da posse de bola, mas pouco produzia. Carpegiani viu esse problema e pôs Ilsinho, que tem a facilidade do drible e a força na jogada individual. Passou a ser a grande opção pela ponta direita. Outro erro que se podia notar, mas que o treinador só corrigiu com a entrada de Willian era que Lucas estava fixo dentro da área, como centro-avante. Ele desapareceu do jogo.
Com o ingresso de Willian, o São Paulo ganhou uma referência e foi com uma tabelinha deste com Ilsinho que o Tricolor chegou ao 2 a 0. Golaço! Parabéns, Ilsinho!
O Santa perdeu a cabeça. Teve mais um jogador expulso. O São Paulo passou a tocar a bola, esperando o apito final. O juiz carioca Gutemberg de Paula ainda expulsou outro do visitante (Everton Sena), no entanto fez o mesmo com o craque Lucas, que não havia feito absolutamente nada que justificasse o ato (reclamação?). Sequer tinha amarelo. Ele (o árbitro) abusou.
O São Paulo cozinhou a partida até o fim e conseguiu a classificação!
Agora, é pensar no próximo adversário, o Goiás, que eliminou a Ponte Preta.
Fonte: Danielperrone
