Nação do Maior do Mundo;
O São Paulo desfigurado, loucão, bipolar e guerreiro pintou novamente com uma boa vitória fora de casa. Desta vez foi no Orlando Scarpelli e novamente em Floripa. Sem doze jogadores e jogando um futebol limitado, porém com consciência de suas limitações, o Tricolor mantém seu apelido de visitante indigesto do Brasileirão.
O Tricolor entrou em campo com um time bem diferente dos últimos jogos. O ataque, por exemplo, foi formado pela dupla titular da seleção brasileira sub-20, inédita jogando junta no São Paulo. Na defesa, João Filipe fez um falso lateral direito, ajudando tanto na defesa como saindo para o jogo.
O primeiro tempo foi ruim. O time não chutava a gol e via o Figueirense perder boas oportunidades por incompetência de seus atacantes. O problema não era o ataque: Ele mal era acionado pelos meio-campistas. Casemiro se preocupava com a marcação, Carlinhos Paraíba não saía da defesa e Cícero, o único jogador da ligação, era bem marcado pelos adversários. Foi graças a uma jogada de bola parada que surgiu o único gol do Tricolor. Carlinhos cruza bem uma falta e Cícero aproveita para cabecear no fundo das redes.
Fim do primeiro tempo. Mesmo em vantagem o time não podia atuar sem ao menos mais um jogador para ajudar no meio. Adílson aproveitou o gol para tirar um atacante e colocar um meia em campo. Rivaldo entrou no lugar de Henrique. Sinceramente não gostei da saída de Henrique mas está claro que Adílson tirou o que estava amarelado.
Logo no começo da segunda etapa o gol que dava “justiça ao que tinha acontecido até agora”. Com o empate, o Tricolor tinha que recomeçar seu trabalho do zero e, em 45 minutos, tentar a vitória. O time contou com a sorte da saída de alguns jogadores importantes do adversário, melhorou o jogo no meio campo com Casemiro e Rodrigo Caio e aproveitou a única grande chance clara que teve. Casemiro achou Rivaldo dentro da grande área e, com grande competência, o velhinho aguardou a saída do goleiro para dar um totozinho para as redes. É o que eu digo: Sempre há lugar para quem tem talento nesse meio Tricolor.
Mais uma vez com a vantagem em mãos era vez de segurar o jogo com o que tinha em campo e fora dele. Agora sim, era vez de ver raça e vontade dos jogadores. E eles não decepcionaram. Entrou Luis Eduardo e Bruno e, junto com os outros garotos (Rodrigo Caio e o próprio Casemiro) compuseram uma defesa sólida e impenetrável, com quatro zagueiros em campo e três volantes. Rivaldo e Bruno, mais adiantados, tentavam segurar o jogo.
E seguraram. Com muita raça e vontade, seguraram. Belo resultado para o clube, que apaga a vergonha do jogo diante do Fluminense no Morumbi mas ainda não traz a torcida ao seu lado. Precisamos ganhar em casa e precisamos ser mais regulares. O jogo de hoje, com os problemas que tínhamos, foi ótimo em termos de placar. Com a volta dos contundidos e suspensos, a tendência é que o jogo 1.000 de Rogério Ceni, nessa quarta, tenha casa cheia. É preciso se impor no Morumbi!
Saudações tricolores!