Salve Tricolores!
Telê Santana nasceu em 26/07/1931 e faleceu em 21/04/2006. Apelidado como Mestre, Telê foi o melhor técnico que já passou pelo São Paulo e sem dúvida pode ser considerado um dos maiores ídolos do clube. Hoje estaria completando 80 anos de idade, por isso resolvi homenageá-lo com essa coluna!
Telê Santana da Silva foi um grande jogador de futebol, mas como técnico que conseguiu alcançar o coração de todos os torcedores do SPFC. Não acreditava em “ganhar por ganhar” ou “ganhar a qualquer custo”, era um intransigente defensor do futebol diferenciado e disciplinador exigente, que exigia de seus comandados uma postura profissional dentro e fora dos gramados.
Assumiu o Tricolor Paulista em 1990 (após o desempenho pífio no Campeonato Estadual), apostou suas fichas em Raí e em novatos como Antônio Carlos, Cafu, Leonardo e Elivelton. Para quem não sabe, Cafu era um grande corredor, mas não tinha a mínima capacidade de realizar um cruzamento. Por isso, Telê passava horas durante os treinamentos ensinando ele em como bater na bola e repetindo os movimentos incansavelmente. Como todos sabem, Cafu se tornou um dos maiores laterais direitos que o SPFC e a seleção já tiveram.
Uma das suas frases mais célebres era: “É impossível atingir a perfeição, mas é possível aproximar-se dela”. Pois bem, Telê conseguiu aproximar o Tricolor da perfeição, vencendo o Campeonato Brasileiro de 1991; as Copas Libertadores de 1992 e 1993; e os Mundiais de 1992 e 1993.
Telê foi apelidado como Mestre, pois ensinava os boleros a tocar, chutar, cabecear, se posicionar e a pensar o futebol de forma coletiva. Desenvolvia o talento de jogadores comuns, e não reprimia o dos geniais. Telê não era apenas um técnico, mas professor e educador também.
Olhando para o nosso atual elenco, imagino o Mestre treinando-o. Telê ensinaria o Juan e o Jean a cruzar; lapidaria o Lucas, Casemiro e Wellington; reabilitaria o Luís Fabiano e potencializaria os desempenhos de Rogério Ceni, Rhodolfo, Dagoberto e Rivaldo. Além de tudo isso, acertaria o esquema tático e traria novamente o futebol arte para dentro do Morumbi!
Uma coluna é muito pouco para falar dele. Se pudéssemos juntar sua trajetória, suas conquistas, seu caráter, seu brilhantismo, sua humildade e sua capacidade, não caberiam nem em um livro!
Telê Santana foi e sempre será meu ídolo!
Frase do dia
“Futebol é arte, é diversão, sem chutão para frente”. Telê Santana